Erzsébet
Bathory foi a Condessa que torturou e assassinou várias jovens e, por causa
disso ficou conhecida como um(a) dos "verdadeiros" vampiros da história.
A família Bathory
viveu no que conhecemos hoje como República Eslovaca. Muitos dizem que ela era
húngara, mas isso se deve ao fato de que naquela época, as fronteiras húngaras
não era o que podemos chamar de "fixas" . Ela cresceu em uma das propriedades da família Bathory, em Csejthe, a nordeste da Hungria. Quando
criança, era sujeita a doenças repentinas acompanhadas de intenso rancor e
comportamento incontrolável.
Erzsébet
Bathory experimentou várias crises de possessão. Nunca podia prever-se quando
tal aconteceria. De repente surgiam violentas dores na cabeça e nos olhos. As
criadas traziam feixes de plantas frescas e narcotizantes, enquanto sobre o
lume se preparavam drogas soporíferas onde se iriam embeber esponjas para se
passarem a seguir pelas narinas da paciente. Não se sabe ao certo que tipo de
doença a acometia nem qual a sua origem.
Em 1574,
Erzsébet engravidou de um breve romance com um camponês. Mas, assim que sua
gravidez ficou visível, ela foi escondida de todos, pois estava noiva do Conde
Ferenc Nadasdy, chamado de "o herói negro". Erzsébet se casou com ele
em maio de 1575. Como era soldado, o Conde Nadasdy passava a maior parte do
tempo em campanhas, o que fazia com que a Condessa tivesse de assumir os
deveres de cuidar dos assuntos do Castelo Savar, propriedade da Família
Nadasdy. Foi aí que sua carreira maligna realmente começou, com o
disciplinamento de um grande número de empregados, principalmente mulheres
jovens. Ela não só punia aqueles que infringiam seus regulamentos, como também
encontrava desculpas para severas punições, deleitando-se com a tortura e morte
de suas vítimas.
Há muitas
histórias fabulosas sobre a Condessa Bathory. Conta-se que com 20 anos, idade
em que normalmente se freqüentam bailes e recepções na aristocracia húngara, a
prima do príncipe Drácula vivia numa quase total reclusão. Amantizou-se com o
intendente Thorbes, que a iniciou em feitiçaria e que, tendo-a casado com
Satanás, teria lhe transmitido os ritos secretos da seita de "Ave
negra" – sociedade secreta à qual ele pertencia. A Ordem da Ave Negra
mantinha estreitas e subterrâneas relações com a Ordem do Dragão de Segismundo
da Hungria. Erzsébet participava das reuniões de magia com Thorbes, com a sua
ama, as duas criadas e o mordomo Johannès Ujvary.
Diz-se que
certo dia a condessa, envelhecendo, estava sendo penteada por uma jovem criada,
quando a menina acidentalmente puxou seus cabelos. Erzsébet virou -se para ela
e a espancou. O sangue espirrou e algumas gotas ficaram na mão de Erzsébet. Ao
esfregar o sangue nas mãos, estas pareciam tomar as formas joviais da moça. Foi
a partir deste incidente que Erzsébet desenvolveu sua reputação de desejar o
sangue de jovens virgens. O Conde Nadasdy não só tomava parte nos atos cruéis
de sua esposa como ensinava a ela novas formas de tortura. Ele veio a falecer
em 1604. Após sua morte,
Elisabeth
mudou-se para Viena e logo depois, passou um tempo no Solar de Cachtice, o
local que foi o cenário de seus atos mais depravados e famosos.
Uma segunda
história fala do comportamento de Erzsébet após a morte do marido, quando ela
colecionava uma série de jovens amantes. Logo que enviuvou, dispensou a
companhia de sua sogra e dos subordinados do marido, para se entregar
tranqüilamente aos ritos mágicos ensinados por Thorbes. Numa ocasião, quando
estava em companhia de um de seus jovens amantes, viu uma mulher de idade e
perguntou a ele: "O que você faria se tivesse de beijar aquela velha bruxa
?". O homem respondeu com palavras de desprezo. A velha, entretanto, ao
ouvir o diálogo, acusou Erzsébet de excessiva vaidade e acrescentou que tal
aparência era inevitável, mesmo para uma condessa. Diversos historiadores têm
ligado a morte do marido de Elizabeth e essa história , a sua preocupação com o
envelhecimento e daí o fato de ela se banhar em sangue.
Nos anos que se
seguiram após a morte do marido, Erzsébet conseguiu uma nova companheira para
seus atos sádicos: uma mulher chamada Anna Darvulia, de quem pouco se sabe.
Quando a saúde de Darvulia piorou, Elisabeth voltou-se para Erzsi Majorova,
viúva de um fazendeiro local, seu inquilino. E parece que esta foi a
responsável pelo declínio da Condessa pois incentivou a mesma a incluir entre
suas vítimas, mulheres da nobreza, em virtude da dificuldade que Elisabeth
estava tendo para conseguir novas criadas (ou seriam vítimas). Afinal, a fama
da Condessa e seu comportamento já eram conhecidos por todas as redondezas. Em
1609, Elisabeth matou uma jovem nobre e encobriu o fato alegando suicídio.
Em 1610,
começaram as investigações sobre os crimes da condessa. Na verdade, era mais
por motivos políticos (O Conde Nadasdy havia emprestado dinheiro ao Rei e este
queria se ver livre de tal empréstimo confiscando o latifúndio da Condessa).
Porém as suspeitas dos assassinatos dela, eram mais que uma desculpa para
concretizar os planos da coroa.
Outra versão do
caso, afirma que Em Novembro de 1610, uma das vítimas conseguiu fugir antes de
ser condenada à morte. O rei Mathias II, conhecedor do caso, encarregou o conde
Thurzo de investigar as estranhas práticas da condessa. A 30 de Dezembro de
1610 o conde forçou a vedação do castelo de Csejthe. Na sala grande da torre de
mensagem, descobriu horrorizado um cadáver em cujo corpo não havia nenhuma gota
de sangue, vasos cheios de sangue ainda não coagulado, e um moribundo
barbaramente torturado. Submetido a interrogatório, o mordomo Ujvary confessou
ter participado em trinta e sete assassinatos rituais. Uma tesoura, manejada
por Erzsébet Bathory, substituía o punhal sacrifical. Os servos desta estranha
missa de sangue recolhiam-no para depois prepararem os banhos de juventude de
Erzébeth cuja aparência jovem, comentavam os juízes, "não podia ser senão
de origem diabólica". Com isso, em 26 de dezembro de 1610, A Condessa Erzsébet
Bathory foi presa e julgada alguns dias depois. Em 7 de janeiro de 1611, foi
apresentada como prova, uma agenda contendo os nomes de todas as vítimas da
Condessa, registrados com a sua própria letra. No total foram 650 vítimas.
Além de sua
reputação de assassina e sádica, ainda foi acusada de ser uma
"lobisomem" (o termo "werewolf" traduzido do original, não
possui gênero) e uma vampira. Durante seu julgamento, várias pessoas afirmaram
que ela mordia o corpo das meninas que torturava. Ela foi acusada então de
drenar o sangue de suas vítimas e de banhar-se nesse sangue para reter a
juventude. Por todos os parâmetros, Elisabeth era de fato uma mulher muito
atraente.
A condessa
confessou arrogante e friamente os seus crimes. Os dois necromantes foram
condenados à morte. Arrancaram-lhe as unhas, cortaram-lhes a língua, espetaram-lhe
os olhos e por fim queimaram-nos em fogo lento.
Erzsébet foi
condenada a confessar a sua culpa e a ser decapitada. A sentença foi comutada,
tendo em vista a sua origem e posição, para prisão perpétua "a pão e
água". Veio a morrer em 1614, passados anos, encerrada entre as paredes de
uma das salas do seu castelo.
"The Book
of Werewolves" registra a lenda básica de uma Condessa húngara que matou
suas criadas para banhar-se no seu sangue, uma vez que ela imaginava que esse
tratamento manteria sua pele jovem e saudável. A verdade é que ela assassinou
650 moças para esse fim. (...) O testemunho de centenas de pessoas demonstrou
que o seu uso de sangue para finalidades cosméticas era lenda, mas confirmou
que ela de fato matou mais de 650 moças (ela recorda cada atrocidade no seu
diário).
A condessa
evidentemente gostava de morder e dilacerar a carne de suas jovens criadas. Um
de seus apelidos era "Tigre de Cachtice". Ela torturou (...) também
em Viena, onde possuía uma mansão na rua dos Agostinianos(...), próximo ao
palácio real no centro da cidade. Durante o julgamento em 1611, foi confirmado
que "em Viena, os monges arremessavam seus corpos contra as janelas quando
ouviam gritos (das moças sendo torturadas)". Esses monges certamente os do
velho mosteiro Agostiniano defronte a mansão Bathory. No porão, Erzsébet mandou
um ferreiro construir uma espécie de compartimento de madeira, ou cela, onde
torturava suas vítimas.
Os constantes
casamentos entre membros nobres da mesma família na Hungria, destinados a
manter as propriedades entre si, podem ter levado à uma degeneração genética; a
própria Erzsébet era sujeita a ataques epiléticos. Também um dos seus tios foi
um notório satanista, sua tia Klara uma terrível aventureira sexual e seu irmão
Stephen um bêbado e um devasso".
Conta-se que
pouco antes de completar 15 anos, Erzsébet casou-se com Ferenc Nadasdy. Ferenc
era tão cruel quanto sua esposa. Quando em casa, distraía-se torturando presos
turcos. Ensinou até mesmo algumas técnicas de tortura à Erzsébet. Uma delas,
muito dolorosa, era uma variação do "pé quente", em que pedaços de
papel embebido em óleo eram colocados entre os dedos do pé de empregados
preguiçosos, aos quais se ateava fogo, fazendo com que a vítima visse estrelas
de tanta dor e se contorcesse tentando livrar-se do fogo. Erzsébet costumava
enterrar agulhas na carne e sob as unhas de suas criadas. Punha também moedas e
chaves aquecidas ao rubro nas mãos das torturadas, ou então, usava um ferro
para marcar o rosto de empregadas indolentes. Também costumava jogar moças na
neve, enquanto água fria era atirada sobre elas até que morressem congeladas. A
moça era levada para fora sem roupa e seu corpo esfregado com mel e ela
permanecia 24 horas ao ar livre, de modo que pudesse ser picada por mosquitos,
abelhas e outros insetos. Ela teria ateado fogo aos pelos pubianos de uma de
suas empregadas. Entre tantas histórias dizem que uma vez ela abriu a boca de
uma criada até que seus cantos se rasgassem, enfim, histórias desse tipo é que
não faltam, o que torna difícil separar o fato da mito.
Bathory fazia
tudo isso com muita tranqüilidade porque era uma aristocrata húngara e sendo
seus criados eslavos, estes podiam ser tratados como propriedade ou objeto, tão
cruelmente quanto ela quisesse porque não tinham para quem apelar.
Há muitas
ligações entre a família Bathory e Drácula. O chefe em comando da expedição que
repôs Drácula no trono em 1476 foi o Príncipe Stephen Bathory; além disso, um
feudo de Drácula passou às mãos dos Bathory durante o tempo de Erzsébet. O lado
húngaro dos antepassados de Drácula podem ter relação com o clã Bathory.Outros
historiadores afirmam que Bathory seria prima em um grau distante em relação a
Drácula.
Olá! Como vai?
ResponderExcluirMuito interessante esta postagem.. a história de Condessa Erzsebet Bathory, apesar de cruel, para mim é estranhamente fascinante!.. Me atraem essas histórias repletas de mistérios..
Gostei muito de seu blog, gostaria de segui-lo, mas não estou achando o "Google Friend Connect" :/ Acho que precisa ainda adicioná-lo no painel de gadgets do blogger!
Um abraço..
Consegui arrumar
ResponderExcluirAté breve
Abraços