OS ÍNDIOS ALGONQUINOS
Os
garotos desta tribo indígena canadense eram levados para uma área separada do
restante do povo, e eram enjaulados. Lá, eles recebiam uma dose de uma
substância chamada de wysoccan,
altamente alucinógena e quase cem vezes mais forte que o LSD. A intenção do
ritual era fazer com que os garotos esquecessem todas suas lembranças da
infância, para que pudessem se tornar homens. O problema do ritual é que a
força da substância é tão grande que muitos garotos perdiam a memória da
família e da própria identidade, e alguns até mesmo paravam de falar. Os
garotos que mostravam que ainda lembravam coisas da sua infância eram levados
para tomar o wysoccan novamente.

O SALTO DOS VANUATU
Este
ritual serve como um rito de passagem e como um ritual de colheita das tribos
da ilha de Vanuatu, no Oceano
Pacifico. Os garotos das tribos têm que subir em uma torre de 30 metros de
altura com cipós amarrados nos tornozelos e se jogar, a uma velocidade de cerca
de 72 quilômetros por hora. Quando o “mergulho” é feito corretamente, o garoto
deve encostar os ombros e a cabeça no chão. Entretanto, os cipós não são
elásticos e um cálculo errado do comprimento da corda pode causar ferimentos
sérios ou até mesmo a morte do garoto no ritual, que é feito com meninos de
cerca de 7 ou 8 anos.

O SALTO DE VACAS DOS
HARMAR
Este
ritual é realizado pela tribo dos Harmar,
na Etiópia, e é feito antes que os homens possam casar. O participante tem que
pular por cima de vacas colocadas lado a lado quatro vezes sem cair. O teste é
feito com o garoto nu, como um símbolo da infância que ele deixa para trás, e,
se passar no teste, o garoto passa a viver com outros homens que passaram no
mesmo teste, e fica durante alguns meses supervisionando as vilas do território
do seu povo.

A TRIBO OKIEK
O
rito de passagem desta tribo do Quênia é igual para homens e mulheres, e é
feito com adolescentes de 14 a 16 anos. A iniciação começa com a circuncisão
dos órgãos sexuais, e depois os participantes ficam separados de adultos do
sexo oposto de quatro a 24 semanas. As pessoas que participam o ritual têm que
se pintar com argila branca e carvão, para ficarem com uma aparência selvagem,
e passam a receber conhecimento dos anciãos. Para completar o ritual, as
pessoas têm que fazer o som de um instrumento que reproduz o rugido de uma
criatura mística que assombra as pessoas durante a iniciação.
A
circuncisão geralmente é feita com uma lâmina velha e suja que deixa os jovens
propensos a infecções.
A
circuncisão feminina consiste na remoção
do clitóris o que deixa a maioria delas incapaz de sentir prazer durante o sexo
para o resto da vida. Caso elas se recusem a passar pelo rito são isoladas do
resto da tribo.

FESTA DAS MOÇAS NOVAS
Esta
festa de iniciação é realizada pela tribo Tukuna, que vive na região norte da
Amazônia. As garotas começam a participar da iniciação quando menstruam, e
ficam durante 4 a 12 semanas em reclusão em um local construído na casa da
família com este único propósito. Durante este período, acredita-se que a
menina está no submundo, correndo perigo na presença de um demônio conhecido
como Noo. Ao final do ritual, outras
pessoas utilizam máscaras e se tornam reencarnações do demônio, e a garota fica
durante dois dias com o corpo pintado de preto para se proteger do Noo. Na manhã do terceiro dia, ela pode
sair da reclusão, e é levada por parentes para as festividades, em que dançam
até o amanhecer. Neste momento, a garota recebe uma lança de fogo e deve
jogá-la sobre o demônio. Depois disso, a tribo considera que a mulher pode
entrar para a vida adulta com segurança.

A TRIBO OKRIKA
Esta
tribo nigeriana realiza o ritual Iria com as garotas, para que elas entrem na idade
adulta. Jovens entre 14 e 16 anos são levadas para locais em que recebem
alimentos pesados para engordar. Elas também aprendem as canções tradicionais
do ritual, que cantam durante vários dias durante o amanhecer. As pessoas da
tribo acreditam que as garotas podem formar ligações amorosas com espíritos
aquáticos, e por isso têm que cantar as músicas tradicionais antes de poderem
casar. No último dia do ritual, as garotas passam próximas à água, com uma
mulher mais experiente para levá-las para longe dos espíritos, que querem
pegá-las de volta.

OS ABORÍGINES
MARDUDJARA
Estes
aborígines australianos levam os garotos de uma certa idade à reclusão, onde
eles são segurados por um ancião, enquanto outro retira o prepúcio do pênis do
garoto sem anestesia. Depois disso, o garoto se ajoelha sobre um escudo próximo
a uma fogueira e tem que comer a própria pele crua, sem mastigar. Após isso,
ele se livrou da criança, e se torna um homem completo. Depois que a
circuncisão termina de cicatrizar, os homens sofrem outra intervenção
cirúrgica: o pênis é cortado na parte inferior, próximo aos testículos, e o
sangue que escorre deve cair sobre uma fogueira, para purificá-lo, e depois da
incisão, têm que se abaixar para urinar, como as mulheres.

A TRIBO DOS SATERE-MAWE
Esta
tribo amazonense realiza um ritual de iniciação com garotos que pode ser
considerado um dos mais dolorosos da nossa lista. Os jovens da tribo têm que
colocar as mãos dentro de uma espécie de luva cheia de formigas-bala, cuja
mordida é quase 20 vezes mais dolorida que a de uma vespa. Os garotos têm que
dançar com as mãos dentro da luva durante dez minutos, e a dor é tão intensa
que o corpo sofre com convulsões, e a dor pode durar até 24 horas. O mais
inacreditável é que os homens da tribo repetem este ritual várias vezes durante
a vida, para provar a sua masculinidade.

A CAÇADA DOS MATIS
A
tribo dos Matis, que vivem na
floresta amazônica brasileira, realiza quatro testes com os garotos, para que
eles mostrem que podem participar das caçadas com os outros homens. Primeiro,
os garotos recebem veneno diretamente nos olhos, para supostamente melhorar a
sua visão e aguçar os sentidos. Depois, eles são espancados e recebem
chicotadas, para depois receber a inoculação do veneno de um sapo venenoso da
região. A tribo acredita que o poderoso veneno do animal aumenta a força e a
resistência, o que só acontece depois que o participante do ritual sofre com
fortes enjoos, vômitos e diarreia Quando os garotos passam por esta terrível
seqüência de testes, são
considerados
aptos a participar das caçadas da tribo.

A TRIBO SAMBIA
A
iniciação dos garotos desta tribo de Papua Nova Guiné começa aos sete anos,
quando eles são levados para longe de todas as mulheres, e passam a viver
somente com homens pelos próximos dez anos. Durante o início do ritual, a pele
dos garotos é furada, para que as contaminações das mulheres sejam retiradas, e
eles têm que sangrar pelo nariz para se limparem. Os garotos também têm que
consumir cana de açúcar para estimular o vômito e a defecação, com o mesmo
propósito. Após a “limpeza” do corpo, eles consomem sêmen, considerado vital
para que eles cresçam e fiquem fortes.
Durante o processo, os garotos são informados sobre as impurezas
femininas e seus perigos, e aprendem técnicas de purificação. Quando se casam
eles se purificam freqüentemente contra as impurezas da esposa. Eles realizam
sangramentos intensos pelo nariz toda vez que a mulher menstrua. No último
passo do ritual de iniciação, os jovens têm que remover um pelo pubiano
e entregá-lo para um homem mais velho, que irá colocá-lo no lugar apropriado.
Durante este estágio, o homem explica ao garoto que ele não deve ser promíscuo
na sua relação heterossexual, senão será executado.
