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domingo, 21 de julho de 2013

A Sociedade "secreta" Thule



A Sociedade Secreta Thule


A Sociedade Thule (em alemão: Thule-Gesellschaft) foi uma sociedade secreta, racista e oculta que foi fundada em 17 de Agosto de 1918 por Rudolf von Sebottendorff em Munique. O nome Thule é derivado da ilha mítica Thule. O seu nome original era "Studiengruppe für germanisches Altertum" (Grupo de estudo para antiguidade germânica), mas em breve ela começou a disseminar propaganda anti-republicana e anti-semítica. Foi um grupo precursor importante para a fundação do "Deutsche Arbeiter-Partei" (Partido Alemão dos Trabalhadores) que mais tarde se tornaria o NSDAP (Partido Nazista). Teve membros dos escalões de topo do partido, incluindo Rudolf Heß, Alfred Rosenberg, inclusive Adolf Hitler que foi iniciado na Sociedade Thule por Rudolf Heß, enquanto estavam presos no forte de Landsberg.

O seu órgão de imprensa foi o "Münchener Beobachter" (Observador de Munique) que mais tarde se tornaria o "Völkischer Beobachter" (Observador do Povo), o jornal do NSDAP. A socidade Thule é também conhecida por estar associada à sociedade secreta Germanenorden.

O símbolo associado com o grupo Thule era uma adaga.

A sociedade Thule permanece hoje em funcionamento, dispondo mesmo de uma página oficial na Internet. Está sob observação do Ofício Federal para a Proteção da Constituição da Alemanha por receio do fomento da ideologia Nazi ou Neo-Nazi.

Centro Mágico

Acreditava-se que Thule teria sido o centro mágico de uma civilização desaparecida. Muitos ocultistas alemães acreditavam que nem todos os segredos de Thule haviam perecido. Criaturas intermediárias entre o Homem e outros seres inteligentes do além colocariam à disposição dos Iniciados, ou seja, os membros da Sociedade Thule uma série de forças que podiam ser reunidas para tornar possível que a Alemanha dominasse o mundo... Seus líderes seriam homens que sabem tudo, obtendo sua força da própria fonte de energia e guiados pelos Grandiosos do Mundo Antigo. Era sobre esses mitos que a doutrina ariana de Eckardt e Rosenberg se fundamentava e que esses profetas, instilaram na mente receptiva de Hitler. A Sociedade de Thule logo se tornaria um instrumento na transformação da própria natureza da realidade. Sob a influência de Karl Haushofer, o grupo assumiu sua verdadeira característica como uma sociedade de Iniciados em comunhão com o Invisível e se tornou o centro mágico do movimento nazista.

Haushofer era membro do Pavilhão Luminoso, uma sociedade secreta budista no Japão, e da Sociedade Thule. Haushofer certamente veio a conhecer em 1905, e a versão que René Guénon apresentou em seu livro, Le Roi du Monde, após o cataclismo de Gobi, os lordes e mestres desse grande centro de civilização, os Oniscientes, os filhos das Inteligências do Além, levaram sua vasta morada para o assentamento subterrâneo sob o Himalaia. Ali, no coração dessas cavernas, eles se dividiram em dois grupos, um que seguia o “Caminho da Mão Direita”, e outro que seguia o “Caminho da Mão Esquerda”. Os primeiros concentravam-se em Agartha, um local de meditação, uma cidade oculta de bondade, um templo de não-participação nos assuntos deste mundo. Os outros se dirigiram a Shamballah, uma cidade de violência e poder, cujas forças comandam os elementos e as massas da humanidade e apressam a chegada da raça humana no “momento decisivo do tempo”.

Assim, foi mais como um iniciado da teocracia oriental que como um geopolítico que Haushofer supostamente proclamou a Hitler a necessidade de “retornar às origens” da raça humana na Ásia Central. Ele estava, portanto, defendendo a conquista nazista do Turquistão, Pamir, Gobi e Tibet para assegurar o acesso da Alemanha a esses centros ocultos de poder do Oriente.

Essa imagem sensacionalista da Sociedade Thule e de seus membros era bem real. Hitler teria comparecido secretamente a várias reuniões da Sociedade Thule. Seu fundador, Rudolf von Sebottendorff, certamente mantinha pelo interesse no oculto, um diário detalhado de suas reuniões regulares de 1918 a 1925 mantido por seu secretário, Johannes Henng, menciona inúmeras palestras sobre esses tópicos. Crescendo em importância como um grupo ocultista por trás do Partido Nazista, a Sociedade Thule era politicamente poderosa em 1920 e iniciou suas atividades de forma completamente secreta em 1925. Durante seu apogeu, a Sociedade Thule era definida por sua ideologia nacionalista e anti-semita e um corpo de membros da classe média alta, e classe alta de Munique.

Em 1939 sai uma expedição da SS, liderada por Ernst Schãfer, teria ido ao Tibet com o expresso propósito de estabelecer uma conexão de rádio entre o Terceiro Reich e os lamas, e estabelecer uma conexão e uma colônia na Alemanha de Monges Tibetanos ligados a Tradição Bön-Po.

Walter Johannes Stein (1891-1957), um judeu vienense que havia emigrado da Alemanha para a Grã-Bretanha em 1933, a quem falsamente atribuiu a mais fantástica história de inspiração demoníaca de Hitler. Antes do estabelecimento do Terceiro Reich, Stein ensinava na Escola Waldorf em Stuttgart, que era dirigida segundo os princípios antroposóficos de Rudolf Steiner. Durante sua época nessa escola, Stein escreveu um livro versado e curioso, Weltgeschichte im Lichte des Heiligen Gral (1928), que dava uma interpretação espiritual da história e sua realização cristã baseada na lenda do Santo Graal. Em particular, Stein argumentou que romance do Graal de Wolfram von Eschenbach, Percival (cerca de 1200), baseava-se no cenário histórico do século IX, e os personagens fabulosos do épico correspondiam a pessoas reais, que viveram durante o Império carolíngio. Por exemplo, o Rei do Graal, Anfortas, foi apontado como Carlos, o Calvo, neto de Carlos Magno; Cundrie, a feiticeira e mensageira do Graal, seria Ricilda, a Má; o próprio Percival foi considerado como sendo Luitward de Verceili, o chanceler da corte franca; e Klingsor, o mago maligno e dono do Castelo das Maravilhas, foi identificado como Landulf II Cápua, um homem de reputação sinistra devido ao seu pacto com os poderes pagãos do Islã, na Sicília, então ocupada pelos árabes. A batalha entre cavaleiros cristãos e seus malignos adversários foi compreendida como uma alegoria de sua duradoura luta pela posse da Lança Sagrada, a Lança de Longinus que teria perfurado o dorso de Cristo durante a crucificação. Com base nesse possível contato com Stein e o conhecimento de obra, Ravenscroft desenvolveu sua própria história oculta do nazismo, e a obsessão de Hitler com os mistérios do Graal e a Lança Longinus.

Em A Lança do Destino, Ravenscroft descreveu como o jovem estudante Stein havia descoberto uma cópia gasta, de segunda mão. Percival, de Eschenbach, em uma livraria ocultista no velho bairro de Viena, em agosto de 1912. Esse volume continha muitos rabiscos manuscritos como comentários do texto que interpretavam o épico do Graal como testes de iniciação em uma jornada de obtenção de consciência transcendental. Essa interpretação era apoiada por muitas citações, na mesma letra, de religiões orientais, de alquimia, de astrologia e de misticismo. Stein também notou que uma forte temática de ódio anti-semita e fanatismo racial pan-alemão impregnavam todo o comentário. O nome escrito no lado de dentro da capa do livro indicava que seu dono anterior era um tal de Adolf Hitler.

Com a curiosidade a respeito desses rabiscos despertada, Stein supostamente voltou à livraria e perguntou ao proprietário se poderia lhe dizer qualquer coisa sobre esse Adolf Hitler. Ernst Pretzsche informou a Stein que o jovem Hitler era um estudante assíduo do oculto e lhe deu seu endereço. Stein procurou por Hitler. Ao longo de seus freqüentes encontros no final de 1912 e início de 1913, Stein aprendeu que Hitler acreditava que a Lança de Longinus concederia ao seu dono poder ilimitado para o bem ou para o mal. A sucessão de donos anteriores supostamente incluía Constantino, o Grande; Carlos Martel; Henrique, o Caçador de Aves; Oto, o Grande, e os imperadores Hohenstauffen. Como propriedade da dinastia de Habsburg desde a dissolução do Sacro Império Romano Germânico em 1806, a Lança Sagrada agora estava exposta na Casa do Tesouro dos Hofburg, em Viena. Hitler estava determinado a adquirir a lança para garantir o sucesso de sua própria tentativa de dominação mundial. Hitler acelerou seu desenvolvimento no ocultismo pelo uso de Peiote e da Chacrona, um alucinógeno que Pretzsche lhe teria fornecido após ter trabalhado no México, até 1892, como assistente de um apotecário, na colônia alemã na Cidade do México.

O conhecimento de Hitler sobre os romances do Graal e da Lança de Longinus poderia ser facilmente atribuído ao seu ardente entusiasmo pelas óperas de Richard Wagner (1813-83), a quem idolatrava como o maior intérprete do espírito popular germânico. O Graal e seus cavaleiros desempenhavam um papel central em Lohengrin (1850), que Hitler vira pela primeira vez aos doze anos em Linz e novamente mais dez vezes durante sua época em Viena, entre 1907 e 1913. Parsifal (1882), o último trabalho de Wagner e o único a envolver a Lança, baseava-se na história do Graal de Eschenbach, mas fundia o simbolismo cristão original com a mística do sangue do mito racial ariano. Nessa ópera, Parsifal (ou Percival) era o campeão casto dos homens arianos, o único que poderia recuperar a lança sagrada, que penetrara o dorso de Cristo, e assim preservar o Graal, o talismã da raça alemã.

História

Thule é uma ilha ou região identificada pelos geógrafos clássicos como a mais setentrional das terras conhecidas. Também são encontradas, em textos e mapas medievais e do início da Idade Moderna, as grafias Thile, Tile, Tilla, Toolee e Tylen.

A Thule dos antigos

O primeiro a falar de Thule parece ter sido explorador grego Píteas (Pytheas), em Sobre o Oceano, obra escrita após as viagens que teria feito ao norte entre 330 a.C. e 320 a.C., quando foi enviado pela colônia grega de Massalia (atual Marselha) para pesquisar a origem de produtos ali comercializados. A obra foi perdida, mas citada por geógrafos posteriores.

Políbio, em suas Histórias (140 a.C.), cita Píteas como tendo induzido muitas pessoas a erro ao dizer que atravessou toda a Grã-Bretanha a pé e dar à ilha a circunferência de 40 mil estádios (8 mil km) e contar sobre Thule, "essas regiões nas quais não há mais propriamente terra, mar ou ar, mas uma espécie de mistura dos três com a consistência de uma água-viva na qual não se pode andar ou navegar".

Estrabão, na sua Geografia (30 d.C.), ao descrever o cálculo da circunferência da Terra por Eratóstenes, nota que Píteas disse que Thule, "a mais setentrional das Ilhas Britânicas" está a seis dias de navegação ao norte da Grã-Bretanha, perto do mar congelado, sobre o Círculo Ártico. Mas também escreve que Píteas era um mentiroso e as pessoas que viram a Grã-Bretanha e a Irlanda não mencionam Thule, embora falem de outras ilhas, menores, perto da Grã-Bretanha.

Em 77 d.C., Plínio, o Velho, ao discutir as ilhas em torno da Grã-Bretanha, diz que a mais distante conhecida é Thule, onde não há noites no meio do verão, nem dias no meio do inverno. Do paralelo mais setentrional, o "paralelo dos Citas", diz que passa pelos montes Rifeus e por Thule e que nessa latitude o dia dura seis meses e a noite outros seis meses.

Orosius (384-420 A.D) e o monge irlandês Dicuil (final do século VIII e início do IX), descreveram Thule como estando a noroeste da Irlanda e Grã-Bretanha, além das Faroe, o que parece sugerir a Islândia. O historiador Procopius, na primeira metade do século VI, disse que Thule era uma grande ilha do Norte habitada por 25 tribos, inclusive os Gautoi (provavelmente os godos, do sul da atual Suécia) e os Scrithiphini (provavelmente os saami, ou finlandeses) o que sugere a Escandinávia. Escreveu também que, quando os hérulos retornaram, eles atravessaram o Varni (povo germânico do atual Mecklenburg) e os Danes (dinamarqueses) e então cruzaram o mar rumo a Thule, onde se estabeleceram ao lado dos godos.

Thule no ocultismo

No século XVIII, o astrônomo francês Jean-Sylvain Bailly, considerando tábuas astronômicas indianas que ele acreditava terem sido compiladas muito ao norte da Índia (paralelo 49º), lendas zoroastristas segundo as quais os ancestrais dos iranianos vinham do “pólo norte” e o mito grego dos hiperbóreos, concebeu uma pré-história segundo a qual a Atlântida situara-se no extremo norte quando o mundo era mais quente - no arquipélago norueguês de Spitzbergen ou, talvez, na Groenlândia ou em Nova Zemlya.

Ainda não se ouvira falar da fissão nuclear, dos processos de desintegração radioativa que, sabe-se hoje, mantém quente o interior da Terra (e muito menos do processo de fusão do hidrogênio que sustenta o calor do Sol). Os astrônomos pensavam que nosso planeta havia esfriado continuamente a partir da bola de lava que fora há não mais que algumas dezenas de milhares de anos. Segundo essa ideia, o mundo devia ter sido bem mais quente há alguns milênios e, dentro de alguns mais, estaria completamente congelado.

Por isso, especulou Bailly, à medida que o clima esfriou, os atlantes se mudaram para a Sibéria, entre os rios Obi e Yenisei e depois para o Altai, no paralelo 49 (onde hoje se encontram as fronteiras da Rússia, China, Mongólia e Cazaquistão), a partir do qual se espalharam para a Índia, a Pérsia e a Europa. Segundo Bailly, "é coisa muito notável que o esclarecimento pareça ter vindo do Norte, contra o preconceito comum que a terra foi esclarecida, como também povoada a partir do Sul..." Tenta então mostrar que, de acordo com todas as lendas e a sabedoria antiga, "quando a humanidade começou a se reconstituir depois do Dilúvio de Noé, o mais puro fluxo de civilização desceu do norte da Ásia para a Índia que hoje tem a evidência de possuir o sistema astronômico mais antigo da Terra." Segue afirmando que, na maioria das antigas mitologias, parece existir a "memória racial" de uma "origem racial" no Norte distante e, posteriormente, uma migração gradual para o Sul.

Sociedade de Thule

Da concepção de Bailly, parece ter surgido a idéia de uma origem remota da humanidade e da civilização no Norte - ou, mais especificamente, da "raça branca" ou "ariana", identificada com "o mais puro fluxo de civilização" -, visto que os indianos se consideravam descendentes dos "arianos", que alguns europeus identificavam como os povos proto-indo-europeus de cujo idioma hipotético descendiam a maioria das modernas línguas indianas e europeias.

Na Alemanha, uma certa Sociedade de Thule, fundada pelo ocultista maçom Rudolf von Sebottendorff (pseudônimo de Adam Alfred Rudolf Glauer) em 18 de agosto de 1918 como seção local da "Ordem Teutônica Walvater do Santo Graal". Esta era, por sua vez, uma dissidência da "Ordem Teutônica" (Germanenorden) criada em 1912 por ocultistas anti-semitas.

Era uma entre várias organizações e filosofias ocultistas nordicistas e racistas, depois chamadas genericamente de "ariosofias", que surgiram na Alemanha a partir de 1890, das quais as mais conhecidas foram o Arminismo de Guido "von" List (que acreditava em runas, reencarnação e panteísmo) e a Teozoologia de Jörg Lanz von Liebenfels, segundo o qual a "raça ariana" havia se originado de um desaparecido continente nórdico chamado Arctogéia (Arktogäa, no original), ideia que também foi adotada por List. Segundo Joscelyn Godwin, Von Sebottendorff havia definido o objetivo da Germanenorden como criar uma comunidade espiritual chamada Halgadom, que abarcaria "todos os herdeiros da antiga Thule", da Espanha à Rússia.

A a ordem Walvater ("Pai de Todos", um dos nomes de Wotan ou Odin), parece ter retomado a noção de uma Atlântida ártica, hiperbórea, como origem da “raça ariana”. Como René Guénon - que também via no extremo norte um símbolo de espiritualidade -, Von Sebottendorff era admirador do sufismo e da astrologia.

A sociedade de Thule manteve relações com Alfred Rosenberg, Rudolf Hess, Julius Streicher e Dietrich Eckart – alguns dos principais ideólogos do movimento nazista - ou pelo menos os hospedou. O jornalista Karl Harrer, que foi seu membro, tornou-se também um dos fundadores do partido nazista e seu presidente. Foi o dentista Friedrich Krohn, membro da Sociedade de Thule, que escolheu a suástica como símbolo do partido nazista.

Entretanto, Adolf Hitler, que entrou no partido nazista logo após sua fundação, tomou a liderança a Harrer em 1920 e cortou os laços com a Sociedade de Thule. Em 1923, Von Sebottendorff foi expulso da Alemanha e a Sociedade que fundara foi dissolvida em 1925.

Em 1933, Von Sebottendorf retornou e escreveu um livro chamado Antes que Hitler Viesse (Bevor Hitler kam), no qual afirmava que sua Sociedade teria aberto o caminho para Hitler: "Foi aos membros da Sociedade de Thule que Hitler veio primeiro e foram eles os primeiros a se unir a Hitler".

Em março de 1934 o livro foi proibido. O autor foi preso em um campo de concentração e depois exilado na Turquia, onde se suicidou após a derrota dos nazistas. A partir de 1935, com uma lei "anti-maçônica", os nazistas também puseram fora da lei todas as organizações esotéricas.

A suposta Thule do nazismo

A maior parte do que se diz sobre as ideias dos nazistas históricos sobre Thule baseia-se em boatos. Alguns nazistas possivelmente acreditaram nelas ou em ideias mais ou menos análogas, mas nada indica que Adolf Hitler tivesse um interesse real no assunto, ou qualquer interesse no ocultismo além do que pudesse servir como propaganda anti-semita. Permitia ao chefe da SS, Henrich Himmler devotar recursos não desprezíveis a essa pesquisa, mas zombava de suas obsessões ocultistas e as continha sempre que suas idéias neopagãs pudessem causar conflito com os militantes e simpatizantes do nazismo mais conservadores ou com as igrejas cristãs.

Ainda assim, essas especulações tornaram-se um mito em si mesmas, principalmente depois da publicação de O Despertar dos Mágicos, de 1960. Segundo o livro, o general e ideólogo nazista Karl Haushofer teria acreditado que quando Thule (ou Hiperbórea) tornou-se inabitável, os arianos migraram para o sul.

Um grupo foi para a Atlântida, onde se misturou com os lemurianos, que também haviam migrado para lá. Os descendentes desses arianos impuros voltaram-se para a magia negra e a conquista.

O outro ramo passou pela América do Norte e pelo norte da Eurásia e fixou-se no atual deserto de Gobi, onde fundaram Agarthi. Segundo Jean-Claude Frère, que em 1974 publicou Nazisme et sociétés Secrètes, sobre o mesmo tema, a Sociedade de Thule identificava Agarthi com a Asgard da mitologia nórdica.

Depois de um cataclismo mundial, os arianos de Agarthi novamente dividiram-se em dois grupos. Um foi para o sul e fundou um centro secreto de saber sob o Himalaia, também chamado Agarthi, onde preservaram os ensinamentos da virtude e do vril. O outro grupo tentou retornar a Thule ou Hiperbórea, mas em vez disso fundou Shambhala, uma cidade de violência, maldade e materialismo. Agarthi seria a detentora do caminho da mão direita e do vril positivo, enquanto Shambhala guardaria o caminho da mão esquerda e da energia negativa. Os nazistas teriam buscado ajuda em ambas essas civilizações (para mais detalhes, veja Agartha).

Este cenário parece basear-se em grande parte nas idéias do nazista holandês Herman Wirth (1885-1981), que de 1935 a 1937 dirigiu a "Sociedade de Estudos da Ciência Intelectual Primordial da Herança Ancestral Alemã" (Studiengesellschaft für Geistesurgeschichte‚ Deutsches Ahnenerbe), grupo de estudos nazista sobre história antiga, de cuja fundação também participaram Himmler e o ministro da Agricultura Richard Walther Darré.

Em A Origem da Humanidade (Der Aufgang der Menschheit, 1928), Wirth escreveu que uma terra desaparecida no Ártico havia sido a pátria original da "raça nórdica-atlante" primordial e que, com seu congelamento, seu povo teria migrado para a Atlântida. Com o posterior afundamento dessa terra, seu povo teria emigrado para a América do Norte e a Europa. Para mais detalhes, leia Atland, nome dado à Atlântida no suposto manuscrito frísio medieval no qual se apoiavam as teses de Wirth.

Em 1937, o arqueólogo alemão Edmund Kiss publicou o livro A Porta do Sol de Tiahuanaco e a Doutrina do Gelo Universal de Hörbiger, no qual escreveu que as ruínas de Tiahuanaco foram fundadas por habitantes de Thule há mais de 17 mil anos, conforme a especulação do engenheiro peruano Arthur Posnansky em 1911. Além disso, Kiss relacionou essa tese com a doutrina de Hörbiger (leia mais em Cosmogonia Glacial). Himmler planejou enviar Kiss de volta a Tihuanaco com uma equipe de pesquisadores da Ahnenerbe, mas a expedição foi cancelada pela irrupção da II Guerra Mundial.

Guénon

Em o O Rei do Mundo (Le Roi du Monde, de 1927), o ocultista francês René Guénon expressou a crença na existência literal de Thule como centro original da civilização humana, representada como um "Eixo do Mundo", uma "montanha sagrada":

Quase toda tradição tem seu nome para essa montanha, tal como o Meru hindu, o Alborj persa e o Montsalvat da lenda ocidental do Graal. Há também a montanha árabe Qaf e a grega Olimpo, que em muitos aspectos tem o mesmo significado. Consiste de uma região que, como o Paraíso Terrestre, tornou-se inacessível à humanidade ordinária e que está além do alcance dos cataclismos que perturbam o mundo humano ao final de certos períodos cíclicos. Essa região é o autêntico "país supremo" que, de acordo com certos textos védicos e avésticos, estava originalmente situada no Pólo Norte, até mesmo no sentido literal da palavra. Embora possa mudar sua localização de acordo com as diferentes fases da história humana, ele continua a ser polar em um sentido simbólico porque essencialmente representa o eixo fixo em torno do qual tudo gira.

Segundo Guénon, os textos védicos chamam o país supremo de Paradesha, ou "Coração do Mundo". Seria a palavra da qual os caldeus formaram Pardes e os ocidentais, Paraíso. Há ainda outro nome, que seria ainda mais antigo: Tula, chamada pelos gregos Thule. Comum a regiões da Rússia à América Central, Tula representaria o estado primordial do qual o poder espiritual emanou.

Ainda segundo Guénon, a Tula mexicana deve sua origem aos Toltecas que vieram, segundo se diz, de Aztlán, a "terra no meio da água", que é "evidentemente" a Atlântida. Trouxeram o nome de Tula de seu país de origem e o eram a um centro que conseqüentemente precisaria substituir, até certo ponto, o do continente perdido. Por outro lado, a Tula atlante precisa ser distinguida da Tula hiperbórea e a última representa o centro primeiro e supremo.

É preciso assinalar aqui que, na verdade, a lenda da origem em Aztlán não é do povo historicamente conhecido como tolteca e sim dos astecas, nome que lhes foi dado por historiadores precisamente em função dessa lenda e os astecas fundaram sua cidade em 1325, muito depois da queda dos toltecas, cujo império foi destruído por chichimecas no século XII. Aztlán era representada pelos astecas como uma ilha dentro de um lago continental e eles datavam o início de sua migração de 1064 d.C.


A capital dos toltecas se chamou Tula, ou mais precisamente Tollán - "lugar das taboas", em náhuatl, com o sentido figurado de lugar onde as pessoas estão apinhadas como juncos. Mas os toltecas também não tinham a antiguidade que Guénon e Helena Blavatsky lhes atribuía, iludidos pelas crenças dos astecas, que atribuíam todas as construções anteriores a seu tempo aos mesmos "toltecas" (palavra que significa "construtor"). Sua civilização surgiu no século X, muito depois de outras civilizações mexicanas, como a dos olmecas e de Teotihuacán.

sábado, 20 de julho de 2013

Bohemian Club

O Bohemian Club é um clube de cavalheiros proeminentes privado em San Francisco, Califórnia, Estados Unidos.
 O clube está localizado na Taylor Street 624, em San Francisco. Fundado em 1872 a partir de uma reunião regular de jornalistas, artistas e músicos, logo começou a aceitar os empresários e empreendedores como membros permanentes, bem como oferecendo uma adesão temporária a presidentes de universidades e comandantes militares que estavam servindo na Área da baía de São Francisco.Um clube verdadeiramente neo-conservador e de pesssoas  influentes da elite, que representam cerca de 2.000 membros (todos os homens, a maioria norte-americanos, que representam um quarto da riqueza privada total nos Estados Unidos, mas também alguns europeus e asiáticos), que reúnem todos os anos durante as duas últimas semanas de Julho, no Bohemian Grove.
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).


Atualmente, o clube tem uma composição diversificada de muitos líderes locais e globais proeminentes, desde artistas e músicos a empresários de liderança.
A coruja é considerado o mascote de clube, de acordo com a  Wikipédia é um simples clube mas na verdade não é bem isso saiba porque.


Em Bohemian Grove, as elites se reúnem para participar de rituais ocultistas secretas. Um dos rituais chamados a cremação de Cuidados tinham sido expostas e capturadas na câmera apenas alguns anos atrás. Durante este ritual, uma efígie de uma criança é queimada em frente a uma estátua de coruja gigante como elites vestido de vestes brancas e vermelhas stand by piras de fogo. Esta é acompanhada por um som de gritos [dor].
Depois de ser exposto, alegam que as crianças não eram realmente machucado.
Então por que nossos líderes mundiais estão envolvidos com atividades ocultas? Há uma religião de mistérios que eles estão praticando que o resto de nós não é bom o suficiente para saber a respeito dela? É bem conhecido pelos estudiosos que toda religião convencional tem muitos paralelos com alguma outra, e assim você tem o oculto, que também parece ter muitas semelhanças com a maioria das religiões, se você cavar fundo o suficiente. O atributo da crucificação, três dias morto e então ressurreto pode ser encontrado em muitas religiões tão antigas quanto os antigos egípcios com a estória de Ísis e Osíris.
Antes do cristianismo, o paganismo era a religião dominante na Europa. Muitas igrejas cristãs na Europa foram construídas em cima dos locais de igrejas pagãs mais antigas, e mesmo algumas igrejas pagãs foram convertidas para o uso da nova religião. Qualquer um que se recusasse a se converter para a nova religião e continuasse a praticar o paganismo era intencionalmente e irremediavelmente rotulado de satanista, ou adorador do diabo, pelos cristãos e isolados ou perseguidos e mortos.


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Os membros conhecidos de Bohemian Grove

Ambos os Bushes George
Ronald Reagan
Henry Kissinger
Richard Nixon
Casper Weinberger
Dick Cheney
Malcolm Forbes
Colin Powell
Helmut Schmidt
Stephen Bechtel (Bechtel Corp)
James Baker
Jerry Cole
David Rockefeller
Newt Gingrich
Tom Johnson (presidente da CNN e ex-editor do Los Angeles Times.
William Randolph Hearst Jr.
Jack Howard
Charles Scripps (Dos editor's Scripps-Howard journal)
Walter Cronkite (Na placa CBS de gestão)
E uma série de CEOs e líderes empresariais de destaque, a maioria deles conservadores, muitos deles da Califórnia, 99 por cento deles homens brancos.

Skull and Bones

A Skull and Bones (Crânio e Ossos, em português) é uma sociedade secreta (Não tão secreta)  estudantil dos Estados Unidos, fundada em 1832. Foi introduzida na Universidade de Yale por William Huntington Russell e Alphonso Taft em 1833.
Entre 1831 e 1832, Russell estudou na Alemanha, onde supostamente teria sido iniciado em uma sociedade secreta alemã, a qual teria inspirado a criação da Skull and Bones. Tal hipótese foi confirmada durante obras realizadas no salão de convenções da Skull and Bones. Naquela ocasião foi encontrado material que se refere a Skull and Bones como o capítulo de Yale de sociedade alemã Illuminati. Essa sociedade foi tornada ilegal por efeito de um edito do governo da Baviera, em 1785, continuando entretanto a existir, como uma organização clandestina.
A sociedade foi incorporada pela Russell Trust Association, em 1856.
Em 1846, Russell tornou-se membro da assembléia do estado de Connecticut e, em 1862, foi nomeado general da guarda nacional.
Alphonso Taft tornou-se ministro da guerra em 1876, e depois Vice-general e embaixador dos Estados Unidos na Rússia, em 1884. Seu filho,William Howard Taft, tornou-se mais tarde, magistrado e depois presidente dos Estados Unidos.
Yale é a única universidade com sociedades secretas onde são admitidos somente seniores, quer dizer antigos alunos. As duas outras são Scroll and Key ("Chave e Pergaminho") e Wolf's Head ("Cabeça de lobo").
Os candidatos são exclusivamente homens brancos, protestantes, e são originários habitualmente de famílias muito ricas. Frequentemente, seus pais já eram membros da ordem. No último ano de estudo, são denominados cavaleiros.

Influência na política

Há hipóteses de conexões da Skull And Bones com a CIA, Illuminati, Bilderbergers e com a Maçonaria. Tais teorias foram a base do filme "The Skulls" (Sociedade Secreta) que aborda uma sociedade secreta altamente sofisticada, fazendo uma clara alusão a Skull and Bones. A sociedade também foi incluída, assim como o grupo "Whiffenpoofs", no filme de 2006 "The Good Shepherd" (O bom Pastor), sobre as origens da CIA, no qual o personagem principal pertence à Skull and Bones.
Nas eleições presidenciais de 2004 nos Estados Unidos, tanto o candidato democrata quanto o republicano eram membros da sociedade.
George W. Bush assumiu publicamente ser um membro da Skull and Bones, assim como seu adversário na Eleição presidencial dos Estados Unidos da América (2004) John Kerry.

Integrantes famosos

William Howard Taft - Secretário da guerra (1904-1908) e 28º presidente dos EUA, filho de Alphonso Taft, fundador do grupo.
William Averell Harriman - Embaixador dos EUA na URSS (1943-1946), secretário de comércio (1946-1948) e governador de NY (1955-1958)
Henry Robinson Luce - Fundador de Time-Life, um dos mais importantes conglomerados de comunicação dos EUA.
George Herbert Walker Bush - Fazendeiro e empresário do petróleo no Texas. Foi o 11º diretor da CIA e 41º Presidente dos EUA.
George Walker Bush - Governador do Texas (1995-2000) e 43º presidente dos EUA.

                                                            
                                                      (Logo da "Skull and Bones")










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