Em longas luas atrás
O vento soprava forte
Como á muito tempo não faz.
Os dias corriam lentos
A água parecia mais limpa
As estórias pareciam mais vivas.
Em uma noite comum
Todos estavam sentados
Uma fogueira os mantinha ali
O fogo fazia seu papel com uma preguiça
incomum.
Foi então
Que surgiu do meio das sombras
Um ser estranho
De cor da escuridão.
Em sua mão trazia algo
Algo vermelho que parecia pulsar
Era uma rosa
A rosa mais bela
Que a todos fez desejar.
O estranho soltou a rosa perto da
fogueira
E voltou pelo mesmo caminho
invisível
Todos esqueceram-se de quem eram
E só para a rosa olharam
E quanto mais eles a queriam
Mais ela pulsava.
Logo ouvi-se um grito
"Eu sou o dono da rosa
Se afastem malditos"
Em seguida
Gritos e gritos
E a rosa animara-se
Com o que estava ouvindo.
Em meio a gritos de protesto
Escutou-se um de dor
Pela rosa alguém havia morrido
Por ela seu primeiro amor.
O pai do jovem assassinado
Tomou para si "a pena"
Puxando de seu lado
Uma faca
Que logo ficaria
Vermelha
Vermelha a lua ficou
Enquanto o sangue escorria
A rosa com sangue se mantinha.
Em meio a vidas se esvaindo
Uma névoa foi surgindo
Cobrindo todos com um manto
Manto este mórbido
Para logo em seguida
A rosa sumir
E sumiram com a rosa
Vidas.
Autor: Seth